O projeto Diana, nomeado em homenagem à deusa romana da Lua, foi um projeto realizado em 1946, onde a Lua era utilizada como refletor para transmitir e receber sinais de rádio.

O Pentágono americano tinha encarregado John Dewitt de determinar se os radares terrestres poderiam penetrar a ionosfera para detectar mísseis que pudessem voar sobre essa camada.
Para determinar isso, Hewitt decidiu testar se era possível rebotar ondas de rádio na Lua.

Para isso, ele usou um arranjo composto de 64 antenas dipolo de meia onda, ordenado em um arranjo quadrado de 8×8, que pode ser visto na imagem.

Em 10 de janeiro de 1946 eles conseguiram a primeira
detecção bem sucedida de um sinal refletido na Lua. Medindo o tempo que o sinal levou para viajar, calcularam uma distância de 386 mil km.

Atualmente, as medições são mais precisas e, em média, o sinal leva 2.56 segundos para a viagem de ida e volta, coincidindo com a distância média entre a Terra e a Lua (384 mil km).

Desse projeto derivou a prática de usar nomes de deuses para as missões da NASA (Mercúrio, Gêmeos, Apolo, etc. ) e marcou o surgimento da técnica de comunicação EME (Earth-Moon-Earth).

Embora o uso de satélites tenha tornado esta forma de comunicação obsoleta, ainda existem radioamadores que a utilizam, especialmente nas bandas de 144 MHZ, 440 MHz e 1,2 GHz.

Essa mesma técnica foi testada em outros planetas. Em 1961 conseguiu-se detectar um sinal após ricochete em Vênus, em 1962 conseguiu-se também com Mercúrio e em 1963 com Marte.

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